Maria Luiza Damasceno
Residir ou morar em um condomínio, torna-se um verdadeiro exercício de solidariedade, queira-se ou não. E, esse exercício, às vezes, torna-se muito difícil para algumas pessoas, enquanto para outras a facilidade torna-se presente, o que depende do estilo de vida de cada um dos residentes ou moradores.
Desse modo e geralmente, existem aquelas pessoas que seguem um padrão individualista, próprio da herança cultural relacionada a “levar vantagem” acima de qualquer valor humanitário. São aqueles indivíduos que agem sob o signo de seu próprio prazer ou conveniência, sem se preocuparem com o incômodo que incide sobre os outros. Por exemplo, utilizam a buzina dos automóveis, em qualquer dia da semana e em qualquer hora, às vezes, bem debaixo dos quartos das pessoas que ainda estão dormindo, para chamar seus parentes e conhecidos, além de outros exemplos, como em ouvir música em volume impróprio, em estacionar seus automóveis a impedir a circulação de pessoas e de outros veículos. Enfim, existem inúmeros exemplos dessas atitudes inconvenientes.
Felizmente, como se pode observar em uma recente campanha de Marketing da Coca-cola, “há razões para se acreditar que os bons são a maioria”. Sim, porque existem aquelas pessoas que, sem auferir lucro de suas atitudes, preocupam-se com o bem-estar de todos. Essas pessoas estão engajadas nos mais recentes processos pelos quais passa a humanidade, ou seja, a consciência de que cada ato humano pode influenciar a vida de outras pessoas, como também de toda a sociedade, e, dessa forma, procuram contribuir com a sobrevivência do próprio planeta. Um exemplo contundente pode ser traduzido por aqueles que praticam a armazenagem do lixo seletivo. Enfim, são aquelas pessoas que pensam e agem em conformidade com o seu status de ser humano, ou seja, procuram desenvolver as virtudes próprias desse status, dentre as quais, embora ainda de forma egoística, pode-se citar a solidariedade, uma vez que nessa virtude, diferentemente da bondade, ainda incide o interesse entre iguais.
A partir do exposto, pode-se inferir a dificuldade de se organizar um condomínio. Para se ter uma idéia dessa dificuldade, basta apenas ler a Convenção e o Regimento Interno, cujas regras a serem seguidas demonstram os problemas comuns que incidem sobre essas organizações, uma vez que essas regras existem em consonância com a existência desses problemas, os quais necessitam de contenção.
Porém, todas essas considerações iniciais podem ser vistas apenas como uma introdução para o principal tema do presente texto: o Condomínio Jornalistas, na presente gestão, apesar de todas as dificuldades relacionadas à falta de recursos financeiros, tem procurado humanizar, por meio da manutenção de suas áreas comuns, o espaço direcionado a todos os seus moradores.
Desse modo, já é possível observar as conclusões de pequenas obras que, certamente, podem proporcionar melhor qualidade de vida a todos os residentes. Um exemplo dessas significativas obras é o trabalho levado a efeito no parquinho das crianças. Sim, agora, essa parcela significativa dos moradores – as crianças – já pode usufruir de espaço próprio e seguro. E segundo as observações do Raimundo (que soma experiência e cuidado em seus trabalhos administrativos), o parquinho não se resume a um espaço apenas de crianças, mas também serve de espaço de convivência para as pessoas mais idosas, que gostam de sentar em seus bancos, de encontrar amigos e de usufruir longas horas de conversação.
Portanto, assim como a manutenção do parquinho, existem inúmeras providências que podem e ainda devem ser levadas a efeito no espaço condominial do Conjunto Jornalistas. Para isso, torna-se necessário o engajamento de todos (“a união faz a força”) e, sobretudo, a mudança de mentalidade daqueles que ainda, de forma muito antiga, ainda preconizam o individualismo exacerbado.
Vamos à luta?
2 comentários:
gostei... realmente, os bons são a maioria...
Tem que retirar a laranja podre do meio das boas.
E como o condomínio pode fazer isso ?
Acredito que um bom início seria a multa mesmo.
Infelizmente, ainda hoje, temos alguns moradores folgados em nosso condomínio. Gente que faz a escada de varal, que estaciona o carro de qualquer maneira, que depedra o parquinho, que joga lixo pela janela, que não respeita a lei do silêncio, que urina nas garagens, que sai fazendo buraco em todo lugar para instalar aparelhos de ar condicionados e/ou antenas de TV e por ai vai.
Espero um dia ver o nosso condomínio civilizado.
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